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Abordando temas polêmicos e recheada de “plots
twist”, minissérie está disponível desde 2021 e conta com 7 episódios
Lançada pela HBO em 2021, a minissérie Mare of Easttown é, sem sombra de dúvidas, uma das melhores dos últimos anos, e olha que a briga é boa. Podemos facilmente relembrar sucessos como Bebê Rena (2023) e o fenômeno Adolescência, que no Emmy deste ano levou todos os prêmios aos quais concorreu e já teve resenha publicada aqui na Jam. Já a produção protagonizada pela vencedora de dois Oscars, Kate Winslet, não pode passar despercebida pelo público, mesmo tendo sido lançada há quatro anos.
Ambientada em uma pequena cidade da Filadélfia, nos Estados Unidos, a série tem como ponto central o assassinato de uma jovem mãe de 17 anos. Mas é exatamente por seu enredo tão completo que merece atenção. Além do crime brutal, a investigadora Mare Sheehan (Winslet) enfrenta a frustração de um caso não solucionado há quase um ano, o desaparecimento de outra jovem que continua sem respostas. Sofrendo forte pressão dos moradores, principalmente da mãe da desaparecida, Mare se vê ainda mais acuada quando um novo crime acontece de forma violenta, inserindo-a em uma teia de suspeitos que só aumenta.
Mare também precisa lidar com questões pessoais profundas, como o recente suicídio do filho mais velho, um ex-viciado em drogas, e a disputa pela guarda do neto com a ex-nora, que também luta contra o vício. Em meio ao luto e ao medo de perder o único elo que restou com o filho, a investigadora ainda precisa conviver com o ex-marido, Frank (David Denman), que, além de vizinho, pode estar envolvido no assassinato que conduz a trama.
Com a pressão crescente, Mare recebe sem pedir o reforço de um jovem detetive, Colin (Evan Peters), que ganhou fama ao solucionar um crime semelhante em outra cidade. A chegada de Colin faz com que Mare se sinta ainda mais pressionada e sem saída, agora dividida entre duas investigações que parecem sem solução e obrigada a trabalhar com um parceiro, algo que foge completamente de sua rotina de agir sozinha.
Um tema mais polêmico que o outro
Muito mais do que uma série policial, Mare of Easttown aborda temas de forte impacto emocional, como suicídio, relações familiares e de amizade, protagonismo feminino, diversidade e vício em drogas. Todos são tratados de forma profunda e bem construída, fazendo com que, em vários momentos, o telespectador até esqueça que está diante de uma trama investigativa.
Unindo um excelente roteiro a atuações brilhantes, Mare of Easttown se destaca pelo talento da já consagrada Kate Winslet (Titanic, O Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, O Leitor), pela força de Angourie Rice como Siobhan, filha de Mare, e pela interpretação impecável de Jean Smart como Helen, mãe da detetive. O trio entrega cenas que equilibram emoção, suspense e até comédia, sempre sustentadas por diálogos coesos e muito bem construídos.
Finalizando com chave de ouro, algo indispensável em uma boa série policial, o roteiro apresenta diversos plot twists e reviravoltas de cair o queixo, fazendo com que, a cada capítulo, o público crie uma expectativa intensa sobre o que vem a seguir. Além disso, entrega desfechos aguardados para todas as tramas abertas e mistérios que permaneciam sem solução.
Mare of Easttown fez o que poucas minisséries conseguiram: fugir do estereótipo de “apenas mais uma série policial” e entregar muito mais. Disponível na MAX, conta com sete episódios de cerca de uma hora cada, e cada minuto vale a pena.
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