Weezer entrega show nostálgico e salva o festival ÍNDIGO em São Paulo

Weezer no Festival ÍNDIGO 

 Com setlist repleto de clássicos do “Blue Album”, banda norte-americana transforma o fim de um domingo morno em um grande coro coletivo no Parque Ibirapuera

Após seis anos longe do Brasil, o Weezer voltou para ser a atração principal do primeiro festival ÍNDIGO e acabou se tornando o grande destaque — e o verdadeiro motivo de celebração — da noite de domingo (2), no Parque Ibirapuera, em São Paulo. Entre hits dos anos 1990 e momentos de descontração com o público, o grupo californiano trouxe nostalgia e energia ao evento que teve shows mornos antes da apresentação principal.

Em sua terceira passagem pelo país, o Weezer celebrou os 30 anos do seu disco de estreia, o “Weezer”, também conhecido como “The Blue Album” (1994). A proposta funcionou como uma viagem no tempo para os fãs que acompanham a banda desde os anos 1990 — e também para os mais jovens, que conhecem os sucessos que moldaram o indie rock daquela década.

Das 21 músicas do setlist, oito vieram do álbum de estreia, garantindo uma sequência de hinos cantados em coro. “My Name Is Jonas” abriu o show com o público em alta vibração, enquanto “Buddy Holly” encerrou a apresentação de forma triunfante, com direito a palmas e sorrisos coletivos.

O ponto alto veio com “Say It Ain’t So”, que transformou o Ibirapuera em um grande coral, evidenciando a sintonia entre banda e plateia. Já faixas menos conhecidas, como “I Just Threw Out the Love of My Dreams”, tiveram uma recepção mais tímida, sem abalar o entusiasmo geral.

Sempre simpático, o vocalista Rivers Cuomo mostrou carisma ao se arriscar no português — trocando o “boa noite” por um divertido “bom dia”, o que arrancou risadas da multidão. Ele também improvisou nas letras: em “Perfect Situation”, trocou o refrão por um grito de “São Paulooo”, e em “El Scorcho”, brincou substituindo o verso “garotas meio japonesas” por “garotas meio brasileiras”.

Mesmo sem repetir a intensidade do Rock in Rio 2019, o Weezer entregou uma apresentação consistente e empolgante, que fez valer a espera. Antes deles, passaram pelo palco Otoboke Beaver, Judeline, Mogwai e Bloc Party, que, apesar de bons momentos, não conseguiram aquecer o público que cresceu apenas para o show principal.



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