![]() |
Bruce Dickinson no The Town 2025 |
Vocalista do Iron Maiden apresentou repertório solo, com energia e críticas afiadas, em uma performance enxuta de 60 minuto
Bruce Dickinson não poupou energia no palco Skyline do The Town e protagonizou uma apresentação intensa, mesmo diante de um público majoritariamente punk, que marcou o segundo dia do festival. O set foi direto e objetivo, valorizando vocais e guitarras pesadas que definem sua trajetória solo.
Sem a cenografia grandiosa do Iron Maiden, Dickinson preencheu o palco com presença e vitalidade ao longo de uma hora. O cantor também interagiu bastante com os fãs brasileiros, já habituados à sua frequência no país. Nos últimos três anos, foram oito visitas: três turnês solo (uma delas em tributo a Jon Lord), duas passagens com o Maiden, além de palestras e presença na CCXP23.
A abertura ficou por conta de “Accident of Birth”, seguida por “Road to Hell”, que apresentou a banda formada por Tanya O’Callaghan (baixo), Chris Declercq (guitarra), Philip Naslund (guitarra), Dave Moreno (bateria) e Mistheria (teclados).
Entre músicas, o vocalista disparou críticas bem-humoradas à política nacional. Antes de tocar “Rain on the Graves”, declarou: “Você vê um homem alto, de preto, com cauda, chifres e olhos vermelhos ardendo. Quem é esse bosta? Um político brasileiro? Não, não é tão ruim assim, é apenas o diabo”.
Bruce ainda relembrou as sua primeira passagem pelo país e que se machucou na ocasião: “Hoje é especial, porque faz 40 anos da primeira vez que toquei aqui”. Ao término, ele próprio puxou um coro de “Olê, olê, olê, olê, Bruce, Bruce", que foi prontamente atendido pelo público.
Um dos pontos altos veio com “Tears of the Dragon”, cantada em coro pelo público, que preferiu balançar a cabeça em sintonia aos riffs em vez de abrir rodas de mosh - talvez como uma forma de poupar energia para os show seguintes.
O encerramento ficou para clássicos do Iron Maiden. Bruce executou “Revelations” e surpreendeu com “Flash of the Blade”, faixa do álbum Powerslave (1984), nunca antes tocada ao vivo – nem pelo Maiden, nem pelo próprio cantor. A novidade integrou o setlist desta turnê iniciada em agosto.
Diante de tanta energia, a despedida deixou claro: este “até breve” de Bruce Dickinson com o Brasil será, de fato, breve.
0 Comentários