The Cure volta ao Brasil após uma década e presenteia fãs com show extenso, repleto de sucessos e músicas novas no setlist

Por Kaline Almeida
Foto: Primavera Sound no X /Divulgação 

 Banda fechou o Primavera Sound com a apresentação mais longa do festival

No ultimo domingo, 3 de dezembro de 2023, o The Cure marcou presença em São Paulo como a atração principal da segunda edição do Primavera Sound. 

O evento teve um final de semana repleto de música, destacando-se com a participação de uma das bandas mais esperadas pelos fãs fervorosos que chegaram logo cedo e não arredaram o pé do palco principal. E, sem dúvida, esses fãs saíram muito satisfeitos já que tiveram todo um setlist preparado especialmente pra eles. 

Desde o início, o The Cure fez questão de que seu show, mesmo sendo parte de um festival, tivesse uma duração de duas horas e meia, talvez para compensar a longa espera - até então o grupo somava três passagens pelo País, 1987, 1996 e 2013. E podemos dizer que foram horas muito bem aproveitadas, uma viagem pelos maiores clássicos (e algumas menos conhecidas) de uma discografia vasta e repleta de sucessos.

Com uma seleção que foi bem distribuída entre o início, meio e fim, a banda mostrou para que veio e Robert Smith apresentou uma voz impecável que impressionou quem assistia. 

A multidão que os aguardava possivelmente formou o maior público de sua carreira no Brasil. Era perceptível que nem todos na plateia conheciam faixas um pouco mais alternativas, como a musica  "Fascination Street", mas mesmo assim a banda não desanimou.

Destaque para os sucessos que muita gente esperou tanto tempo para ouvir e cantar junto, hits como Just Like Heaven e In Between Days” fizeram a alegria do autódromo e foram cantadas a plenos pulmões, um sonho realizado para muitos, inclusive para essa que vos escreve, uma oportunidade de testemunhar um show de uma das maiores bandas que ainda continua na ativa

Quem está familiarizado com o The Cure sabe que seu vocalista é tímido, mas carismático. Que, mesmo não se soltando diante do público, foi simpático e não podemos negar que talento ele tem de sobra e isso é o que mais importa, não é mesmo? Importante ressaltar que mesmo tímido arriscou as suas famosas dancinhas.

Claro que teve hits mais animados e que criaram um clima apoteótico, como "Close to Me", que foi onde Robert se permitiu passear pelo palco e ficar mais “próximo" dos fãs, além da já esperada "Boys Don't Cry", que finalizou o show e levou o público à loucura. 

Mas após um dia inteiro sob um calor intenso e sol a pino não é de se surpreender que tenha algumas pessoas menos animadas nas músicas novas e menos conhecidas da banda, como canções de seu novo disco ainda não lançado, "Songs of a lost world". A exemplo temos "And nothing is forever" e a faixa de abertura do show "Alone", que muita gente tentava reconhecer, mas que sem dúvida foi um presente para os fãs mais fiéis. Talvez isso faça Robert Smith e companhia pensarem em uma possível volta ao Brasil, sem tanta demora e, quem sabe, para um show solo. Eles viram que ainda arrancam multidões de casa.

De qualquer forma, muitas pessoas tiveram a oportunidade de realizar um sonho de ver uma banda com mais de 40 anos de estrada.

Realmente, uma noite inesquecível.

Setlist:

1. Alone

2. Pictures of You

3. High

4. A Night Like This

5. Lovesong

6. And Nothing Is Forever

7. Burn

8. Fascination Street

9. Push

10. In Between Days

11. Just Like Heaven

12. At Night

13. Play for Today

14. A Forest

15. Shake Dog Shake

16. From the Edge of the Deep Green Sea

17. Endsong

Bis:

18. It Can Never Be the Same

19. Want

20. Charlotte Sometimes

21. Plainsong

22. Disintegration

Bis 2:

23. Lullaby

24. Hot Hot Hot!!!

25. The Walk

26. Friday I’m in Love

27. Close to Me

28. Why Can’t I Be You?

29. Boys Don’t Cry

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