The Town: projeto Favela 3D deve ter primeira etapa concluída em junho

Divulgação 

Moradores da Favela Haiti, na Zona Sudeste de São Paulo, receberão transformações 

O projeto Favela 3D, do The Town, deve ter a primeira etapa concluída no mês de junho. Essa é a previsão da organização do festival após visita ao local com outras lideranças, como Gerando Falcões, Estado de São Paulo, Prefeitura de São Paulo, Gerdau, Fundação Grupo Volkswagen e Vozes das Periferias.

O encontro detalhou o projeto que vai impactar 290 famílias que moram na Favela Haiti, com ações focadas em urbanismo e moradia, geração de renda e desenvolvimento social. O objetivo com tudo isso é interromper o ciclo de pobreza que persiste entre os moradores por meio de uma metodologia escalável e sustentável.

Segundo o Favela 3D, na Favela Haiti ficou constatado que 9% dos domicílios não possuem banheiros, 29% dos domicílios possuem perigo de incêndio ou curto-circuito ou materiais inapropriados, além de 47% terem problemas de mofo e ventilação. A análise também mostrou que 17% das pessoas estão em situação de desemprego e buscam uma oportunidade de emprego e que 32% dos moradores são analfabetos.

Todo o projeto é realizado em conjunto com os moradores e a perspectiva é que em dezembro de 2024 já esteja concluído. Alguns dos cenários e das metas do Favela 3D na Favela do Haiti, de acordo com a organização, são:

Desenvolvimento Social:

Cenário:

- 32% da população é não alfabetizada.

- 1 a cada 5 crianças não estão na escola ou creche.

- 1 a cada 20 famílias não tem acesso à internet.

Resultados esperados:

- 290 famílias acompanhadas pelo programa decolagem.

- 100% do território com acesso à internet.

- 100% das crianças matriculadas em creches ou escolas.

- 100% da população alfabetizada.


Geração de Renda:

Cenário:

- 38% da população está em situação de desemprego

Resultados esperados:

- Zerar o desemprego para pessoas disponíveis (por meio de aceleração de empreendedores, trilhas de capacitação profissional e conexão com vagas de emprego)

- Combate à evasão escolar e inserção dos jovens no mercado com a formação de 52 jovens no projeto Jovem do Futuro


Urbanismo e Moradia:

Cenário:

- 97% das casas não possuem acesso regular a água

- 78% das casas possuem problema de ventilação/mofo e ligações elétricas com perigo de incêndio.

- 66% das casas são feitas de tijolo com revestimento. Enquanto 22% são feitas de tijolo sem revestimento e 8% são de madeira aproveitada. Além disso, 9% das casas não possuem banheiro exclusivo.

Resultados esperados:

- 100% das famílias com abastecimento de água (por meio de uma parceria com a Biosaneamento e a SABESP, onde iremos instalar caixas d’água para abastecimento do território até agosto e fazer a ligação delas com a rede regular de distribuição de água a partir de setembro)

- 115 Melhorias habitacionais e fachadas

- Construção de 21 sobrados sustentáveis

Entre os projetos estão:

  • Urbanismo Tático:  intervenção no espaço urbano que busca respostas rápidas a problemas relacionados a espaço público, que supostamente exigiriam um processo longo e burocrático por parte do Estado para serem solucionados. Este modo de intervir consiste em ações pontuais de pequena escala que visam mudança de comportamento e de cultura a longo prazo.
  • Jovem do Futuro: que promoverá cursos para aperfeiçoamento de competências socioemocionais e técnicas com foco de preparação de jovens de 16 a 20 anos para o mercado de trabalho, que serão realizados em parceria com empresas e organizações locais. O objetivo será combater a evasão escolar e o trabalho infantil por meio da inserção dos jovens no mercado de trabalho e da garantia de que todos estão matriculados e frequentando escola.
  • Programa Decolagem: As famílias são atendidas em todas as suas complexidades. É realizado um acompanhamento familiar regular, seguindo uma metodologia também multidisciplinar e intersetorial, que viabiliza a emancipação da pobreza. Uma equipe profissional com atendimento técnico especializado é responsável por promover encaminhamentos das famílias para diferentes setores (público, Terceiro Setor e iniciativa privada) com ações em diversas áreas, como educação, renda, moradia, entre outras.

Denominado Favela 3D (Digital, Digna e Desenvolvida), o projeto faz parte do pilar “Por Um Mundo Melhor” -- nascido no Rock in Rio e que já chega em The Town com forte atuação para a sociedade.

“Sabemos do potencial da nossa marca em mobilizar o público e os parceiros em nossas causas e, por isso, queremos inspirar e incentivar novos acordos entre governo, iniciativa privada, ONGs e sociedade civil para interromper o ciclo de pobreza social no país e contribuir para a construção de um mundo melhor. Ao fazer parte do Favela 3D, na Favela do Haiti, buscamos marcas para estarem ao nosso lado nessa jornada que também acreditassem no poder mobilizador da união e, assim, colocar holofote para transformações de grande urgência na nossa sociedade. Com a Gerando Falcões, Estado de São Paulo, Prefeitura de São Paulo, Gerdau, Fundação Grupo Volkswagen e Vozes das Periferias, embarcamos neste projeto ousado e muito possível que é o Favela 3D. Tudo em prol da transformação", afirma Luis Justo, CEO da Rock World, empresa responsável pelo The Town e Rock in Rio.

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